Mano Down lança projeto para criar primeiro ecossistema de inclusão de BH

maio 21, 2021

Instituto Mano Down lançou essa semana o seu mais novo projeto de inclusão, que prevê a expansão de sua infraestrutura, aumento de mais de 700% da sua capacidade de atendimento e o primeiro ecossistema de inclusão da capital mineira.

Construir, desenvolver e consolidar. É com esse propósito que o Instituto Mano Down – instituição que atende mais de 350 pessoas com síndrome de Down e outras deficiências; vai apresentar o seu maior projeto de inclusão, que promete ser um marco histórico para a instituição, para a cidade de Belo Horizonte e para a sociedade.

O objetivo principal do projeto é criar um ecossistema de inclusão em Belo Horizonte, que servirá de modelo para outras capitais. Para isso, o projeto contará na primeira fase com a mudança da sede do Instituto para o bairro Floresta, em um espaço que será reformado e adaptado para permitir o aumento de mais de 700% da capacidade de atendimentos assistenciais e de saúde (intervenção precoce), com fisioterapia, terapia ocupacional, fonoterapia, hidroterapia e outras atividades, somando 12 frentes de desenvolvimento para bebês e crianças.

Para os jovens e adultos a expectativa é um aumento de 400% da capacidade de atendimento, com novas atividades e frentes de atuação, contando com um espaço poliesportivo para realização de atividades culturais, esportivas, de mobilização para autonomia e inclusão no mercado de trabalho.

A outra novidade será a implementação da sala sensorial 6D, considerada uma das maiores inovações em terapias. Atualmente em todo o Brasil existem pouco menos de 10 salas com esse conceito e tecnologia, que estejam estruturadas e em funcionamento.

O projeto ainda prevê a criação de outros espaços, no mesmo quarteirão, para as atividades de pedagogia e oficina multidisciplinar dentro do projeto de inclusão escolar, o Café do Mano – espaço de socialização e cultura que contará com profissionais com síndrome de Down, e o espaço Hub Incluo de empreendedorismo social para pessoas com deficiência.

Além disso, o Mano Down quer criar o primeiro passeio com o conceito mais acessível do mundo, incluindo todos os itens de acessibilidade ideais para as pessoas com deficiência. E, também, quer propor várias ações para revitalização do bairro e criação de espaços de convivência da comunidade com as famílias e pessoas atendidas pelo Mano Down.

De acordo com Leonardo Gontijo, presidente e fundador do Mano Down, a pandemia mostrou o quanto o Instituto foi importante para as famílias, levando assistência social, cestas básicas e oportunidades de socialização e desenvolvimento, mesmo que de forma virtual, por isso a necessidade de ampliar o projeto para que mais pessoas possam ser beneficiadas. “Tudo o que vivemos no último ano serviu para mostrar a dimensão do impacto que proporcionamos na vida das mais de 350 famílias atendidas diretamente e milhares de outras pessoas impactadas indiretamente. Com as atividades on-line, ampliamos o número de pessoas atendidas e hoje a nossa infraestrutura está no limite. Para que possamos atender mais famílias e dar a elas mais oportunidades precisamos expandir o nosso espaço e atuação. E queremos fazer isso oferecendo o que há de melhor para elas em termos de estrutura, tecnologia e possibilidades de desenvolvimento”, enfatiza.

 

Impacto para o desenvolvimento humano da região

 

A proposta de criação do ecossistema de inclusão também tem a premissa de contribuir com a revitalização e o desenvolvimento humano do tradicional bairro Floresta, local onde será instalada a nova sede do Mano Down.

Em virtude da pandemia, o bairro hoje sofre com casas e estabelecimentos comerciais fechados e em estado de abandono. Como explica Leonardo, o projeto do Instituto quer ajudar na revitalização visual e ocupação dos espaços, levando cultura, esporte e atividades diversas para a comunidade. “Existe um conceito, chamado Teoria das Janelas Quebradas, que fala que a desordem gera desordem, uma janela quebrada pode ser o início de destruição e de estímulo à delitos. A nossa proposta é contribuir com o desenvolvimento humano do bairro, levar vida, ajudar no aspecto visual, ocupar o espaço com atividades, promover a integração entre a comunidade e as famílias atendidas”, explica.

Uma das iniciativas para promover esse espaço de integração e proximidade com a comunidade será a instalação do Café do Mano Down, o primeiro café da capital mineira, aberto ao público, e com participação efetiva de pessoas com deficiência intelectual como profissionais.

Leonardo ressalta que a ideia do Café e do ecossistema vem do propósito do Mano Down que é promover a inclusão e dar oportunidades para todos. “O nosso objetivo é trocar a palavra exclusão, por oportunidades. Queremos ter um ecossistema em que todos possam conviver, socializar, aprender e se desenvolver. Queremos impactar não somente as famílias atendidas, mas, sim toda a comunidade onde estamos inseridos, humanizando espaços e criando novas possibilidades. Queremos um espaço de todos e para todos, pois somente assim é que a inclusão pode acontecer”, esclarece.

 

Campanha Avante Mano Down para arrecadação de recursos

 

O custo total do novo projeto foi estimado em R$ 3 milhões e o Instituto Mano Down, como instituição social sem fins lucrativos, buscará captar os recursos por meio de doações e várias frentes de investimentos, apoios e parcerias.

Para isso, juntamente com o projeto será lançada a campanha Avante Mano Down, que tem como foco captar recursos com o apoio de pessoas físicas e empresas, que terão contrapartidas pela contribuição.

A campanha será feita em formato de “vaquinha virtual” em que todos os doadores receberão uma contrapartida por contribuírem.

Para empresas estão disponíveis desde “naming rights” – direito de uso de nome para espaços específicos dentro do projeto, até a participação no programa Selo Empresa Amiga do Mano Down – premiação oferecida para empresas que contribuem para a causa da inclusão.

Para os demais doadores as contrapartidas vão desde acesso à conteúdos exclusivos do Mano Down, participação na inauguração do projeto e registrar o nome no “Muro da Inclusão”, que será instalado na nova sede do Mano Down.

Saiba mais sobre o projeto Avante Mano Down

 

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